sexta-feira, outubro 08, 2010

Ele foi nossa Propiciação, Redenção e Justificação, e por isso fomos reconciliados com o Pai.







Assim como a igreja de Cristo é apresentada na Escrita como a sua noiva e o seu corpo, como as ovelhas do seu rebanho e os ramos da videira, como sua nova humanidade, sua casa ou família, como templo do Espírito Santo e pilar e fortaleza da verdade, da mesma forma a salvação em Cristo é ilustrada através da vivida imagem de termos como propiciação, redenção,  justificação e reconciliação.


Propiciar: Significa apaziguar ou pacificar a sua ira.
Jesus em sua morte propiciou a ira do Pai, induzindo-a a abrir mão dela, e olhar para nós com favor em vez de ira?
1º _ o pecado suscita a ira de Deus
2º_Nada podemos fazer, dizer, oferecer, ou até mesmo dar, pode compensar de nossos pecados nem afastar a ira divina. O próprio Deus apresentou ou propôs a Jesus Cristo como sacrifico propiciatório ( Romanos 3:25).
Ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação de nossos pecados( 1João 4:10)
3º_ Ele ofereceu a si mesmo. O próprio Deus tomou nosso lugar no Gólgota e, através desse ato, nos libertou da ira e do juízo divino.
Tudo isso foi expressão da santidade da justiça divina, mas também das perfeições do amor divino.
Redenção: Redimir é comprar de volta, quer como transação comercial quer como resgate.
1 Timóteo 2:6 " O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos..."
Vimos que no Antigo Testamento o povo era redimido  de variadas e sérias situações sociais como dívida, cativeiro, escravidão, exílio e execução. Mas o cativeiro que Cristo nos libertou é o moral. Essa escravidão agora é descrita como nossas transgressões ou pecados( redenção é sinônimo  de perdão de pecados) como a maldição da lei (a saber , o juízo divino que ela pronuncia sobre os infractores da lei. A fim de nos libertar de todos os danos da Queda. Ainda não experimentamos  essa libertação. Assim como o povo de Deus  no Antigo Testamento , embora já remidos do exílio do Egito e da Babilônia, ainda aguardavam a promessa de uma redenção mais plena, " esperavam a redenção de Jerusalém",  da mesma forma o povo de Deus do Novo Testamento, embora já redimidos da culpa e do juízo, ainda aguardam "o dia da redenção" no qual seremos tornado perfeitos. Nessa esperança está incluída  a "redenção de nossos corpos". Nessa altura toda a criação que geme será libertada de seu cativeiro à corrupção e levada a partilhar a liberdade da glória dos filhos de Deus. O Espírito Santo que habita em nós é o selo, a garantia e as primicias de nossa redenção final. Somente então Cristo nos terá redimido de todo pecado, dor futilidade e corrupção.
   Considerando a difícil situação da qual fomos remidos, necessitamos considerar o preço pelo qual, fomos remidos. Para começar , houve o custo da encarnação, da entrada em nossa condição a fim de alcançar-nos. Diz a assim a Palavra de Deus " Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei" ( Gálatas 4:4-5). Alem da encarnação, contudo, estava a expiação. A fim de realiza-la ele deu-se a sim mesmo( 1 Timóteo 2:6; Tito 2:14) ou a sua vida ( Marcos 10:45), morrendo sob a maldição da lei para resgatar-nos dela( Gálatas 3:13). 
   Não foi " mediante coisas corruptiveis, como prata ou ouro, escreveu Pedro, " que fostes resgatados...mas pelo precioso sangue, como cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" ( 1 Pedro1:18-19). Cristo foi vitima e  também sacerdote, visto que pelo seu sangue, entrou no "Santo dos Santos".
  A imagem da "redenção" além da difícil situação da qual fomos resgatados , e do seu preço, chama a atenção para a pessoa do Redentor que possui direitos de posse sobre sua compra. Assim, atribui-se o senhorio de Jesus sobre a Igreja e ao Cristão ao fato de ele nos ter comprado com o seu próprio sangue.
  Jesus nos comprou com o seu sangue, devia  motivar-mos como cristãos à santidade, assim como motiva os presbíteros ao ministério fiel e a hoste celestial à adoração.
JUSTIFICAÇÃO:  nos concede uma posição justa perante Deus.
A obra justificadora do Filho e a obra regeneradora do  Espírito Santo não podem ser separadas. a salvação jamais é por obras, é sempre para obras. " justificando ao justo e condenado o culpado( Deuterononimo 25:1). Deus justifica o ímpio (Romanos 4:5).
  1 º , a fonte de nossa justificação é indicada na expressão justificado por sua graça ( Romanos 3:24), isto é, por seu favor totalmente imerecido. A auto justificação é uma total impossibilidade( Romanos 3:20). Portanto é Deus quem justifica( Romanos 8:33); somente Ele pode fazê-lo. E Ele o faz livremente( Romanos 3:24, dorean, "como presente grátis"), não por causa de quaisquer obras nossas, ma por causa da sua própria graça. Graça é uma coisa, justiça é outra. 
   o fundamento de nossa justificação é justificados por seu sangue ( Romanos 5:9).
   Quando Deus justifica os pecadores, ele não está declarando que pessoas ruins são boas, nem dizendo que não são pecadoras, afinal de contas; ele as pronuncia legalmente justas, livres de qualquer responsabilidade à lei quebrada, porque ele próprio em seu Filho levou a penalidade da infracção delas da lei. É por isso que Paulo pode unir numa única sentença os conceitos de justificação, redenção e propiciação ( Romanos 3:24-25). Somos justificados pelo seu sangue. Não poderia haver justificação sem expiação.
    Justificados pela fé. A graça  e a fé pertencem indissoluvelmente uma à outra, uma vez que a única função da fé é receber  o que a graça livremente oferece. Somos justificados por nossa fé, mas pela graça e pelo sangue de Cristo.  Deus justifica o homem que crê, não por causada dignidade de sua crença , mas pela dignidade daquele em que crê. O homem é justificado pela fé somente, independente das obras da lei.
 Quais os efeitos de nossa justificação?  O primeiro é sermos membros da comunidade messiânica de Jesus. Se estamos em Cristo e, portanto, justificados, também somos filhos de Deus e os verdadeiros descendentes espirituais de Abraão. Segundo ser avida a fazer o bem e os seus membros devem-se  devotar as boas obras.
A igreja é uma comunidade de esperança, que aguarda com confiança humilde o futuro. Não mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, por que Deus fez por nós o que a lei não podia fazer. Somente por Ele ter sido condenado é que somos justificados. No momento em que somos justificados , nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Reconciliação: Significa restaurar um relacionamento , renovar uma amizade.
" Sendo justificados pelo seu sangue" é balanceado por " quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho" ( Romanos 5:9-10). Justificação é nossa posição legal na presença do Juiz no Tribunal; reconciliação é nosso relacionamento pessoal com nosso Pai no lar.  Somente quando somos justificados pela fé que temos paz com Deus( Romanos 5:1), a qual é a reconciliação.
  Reconciliação significa paz com Deus, a saber adoção e acesso.
  Acesso a Deus é outra bênção da reconciliação. Temos acesso ao Pai através do Filho mediante o Espírito( Efésio 2:17-18), e pelo qual temos ousadia e acesso com confiança( Efésio 3:12). De fato,  Cristo, que é a nossa paz , quebrou a barreira que existia entre essas duas metades da raça humana, e de ambos fez um.Ele aboliu os regulamentos da lei que os separava e criou em si mesmo um novo homem, fazendo a paz dos dois.
   Deus é o autor desta reconciliação.
   Deus é o autor, Cristo é o agente da reconciliação ( 2 Corintios 5:18-19)
   Deus é o autor e Cristo o agente, nós somos os embaixadores da reconciliação.
   Deus terminou a obra de reconciliação na cruz; contudo ainda é necessário que os pecadores se arrependam e creiam e assim sejam reconciliados com Deus. Ele nos redimiu de nossa miserável escravidão, declarou-nos justos em sua presença e reconciliou-nos consigo.


   A propiciação , redenção, justificação e reconciliação ensinam que a obra salvadora de Deus foi realizada por meio do derramamento de sangue, isto é, o sacrifico substitutivo de Cristo.




" Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
                                                                                   Jo 3:16


Estudo do livro "A cruz de Cristo" de John Stott



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